Outrora em fontes do real intenso
perdido nas aguas correntes da vida
encontrei meu ego amansado no vento
revi meu espelho em água bebida.
Sonhei rever-me do alto das estrelas
e viajar meus cabelos de alma inflingida
mas sob esses mundos etereos de elos
encontrei o vazio de matéria escorrida.
Vivi pesadelos perdidos, mas belos
Sonhei a virtude dos beijos sem ferida
E num abraço
de sombra, sem vida,
Amei o futuro de alma perdida….
Por fim veio a morte, que renasce das provas
Perdi o suporte. Defini-me nas trovas.
Sonhei ser criança de novo sem pressa
viver no vazio que noite amanheça
por fim renascer, de cinzas matizadas,
com as cores de outono no chão desfolhadas.
Sem medo viver, sem querer ser seguro
Perder a lembrança de estar no impuro
E com olhar de criança em cima de um muro
sentir no presente, olhar de futuro.
Luzia Peixoto 10.12.2015
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