escrever é o meu teatro mudo

escrever é o meu teatro mudo
escrever é o meu teatro mudo | 24.08.2002

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sofro em silêncio.
Cansada.
Uma palavra igual a nada
um gesto
igual a todo o resto.
Não presto!
Corpo-espelho
que espelha a alma
aconselha a calma!...
Violência!
De encontrar resistência
à obediência
e, na ausência,
encontro escondido,
irado, sentido,
de mim, em mim,
de mim, para mim.
E os outros?
Nada são!
Tudo é feito em vão!
Não reconheço o coração
Amor sem compreensão
Amor, sem tesão
Ardor, sem paixão
Rubor, sem emoção
Amar pela ocasião
Só porque se está bem!... Não?!
Um corpo despido,
usado, vendido
Uma alma perfeita
aberta, desfeita.
Semear sem colheita
Choras?
Cura perfeita!

22.12.2011