escrever é o meu teatro mudo

escrever é o meu teatro mudo
escrever é o meu teatro mudo | 24.08.2002

sábado, 25 de agosto de 2012





















Três tempos

o antes o depois e o agora
que sem demora se instala 
na verdade que existe como sendo apenas uma
e que do antes que foi já 
surge o agora que será

e cada momento
passo a passo
lentamente se desenreda
numa sucessão divina de Presentes
onde aquilo que sentimos se estende
e se apresenta infinito

na meta do desapego
viver sem ilusões é deixar de lado o ego
a expectativa gerada
é o saber que não se sabe... nada
e que, no entanto,
passo a passo,
naquele instante uma verdade reside
sou eu em ti ainda. Naquele instante.
E sendo-o, resido em ti.
Agarro me então a cada presente.
Perpetuando-o assim no tempo
para lá das infinitas probabilidades e expectativas criadas.
Somos UM!...
...no segredo de sermos cada um,
em nós,
constantemente,
no presente.

Amor infinito!

Luz Peixoto

25.08,2012


terça-feira, 17 de abril de 2012

Medit (ou Inaniel)

abre as portas da verdade
sente na tua incapacidade
do medo da saudade
A vontade!

Muda! Pede ajuda!
Àqueles que te guiam e seguem
que te escutam e te fazem ouvir

sente em cada pedaço do teu corpo espinhoso
frágil, ruidoso
um abraço aromático de pétalas brancas e amarelas
que transmutem a mente e a façam repousar nelas

recobre de ouro em forma de luz o teu coração
senta-te nele! pede perdão
vê o que te provoca essa angústia e sente gratidão!

processos sincrónicos de tons polifónicos
que, atónitos, nos mostram que aprendizagem não tem fim
e que à pergunta sobre o saber, nunca poderemos responder "sim"
porque a mudança é perpétua
em forma de flor que afina a comunicação
dia após dia
transformando em harmonia
a perene mudança a acontecer
no agora, a toda a hora
fazendo te crescer
e, na tua integridade
vendo-te.... SER

17.04.2012