escrever é o meu teatro mudo

escrever é o meu teatro mudo
escrever é o meu teatro mudo | 24.08.2002

quinta-feira, 25 de agosto de 2011


Outro início
cheguei ao fim. Cansei de esperar.
de estar sentada e chorar.
um apego grande e uma teimosia absurda
obrigava-me a continuar
mas o vento, trouxe-me uma lufada de ar!
não a quis olhar! ou aceitar!
mas chegou... e veio para ficar.
tentei negar...
mas chegou... e veio para ficar...
senti me dual, que nada seria igual...
era só um encontro casual!
mas chegou forte... e instalou se como tal...
a dor, que ja era normal,
transformou se no embaraço
de não aceitar novo regaço.
no medo, de desvendar novo enredo.
e a confusão pontual fez encontrar como tal,
a solução para a dor, que é vista noutro amor.
sinto temor! tenho calor, rubor, ardor!
sinto receio! de partir o coração outra vez a meio!
fecho-me em copas e abro me em espadas
tento fugir de novos contos de fadas...
são armadilhas preparadas...

ainda vacilo, por aquilo?...
conseguirei enfrentar ou vacilarei sem volta a dar?
medo de falhar... medo de amar...
novamente, outra gente! diferente, presente...
não consigo evitar! encontros acontecem sem cessar!
não há vontade de parar!
parece não haver volta a dar...
o medo assombra, a dor atenua
a paixão desabrocha... semi nua...
nao pode haver dor!... novamente...
e o temor torna se imponente.
mas o coração é persistente
e certo de si frequentemente,
mina o espaço intersilábico
de ligação com a mente...
e, de repente...
quem estava ausente
cresce perene e persistente
e cai o outro doente!
morto!
sem sobrevivente..
o coração impulsiona-se
alimenta-se, apaixona-se
a cabeça não pára de pensar,
está prestes a aceitar,
não há volta a dar....
não se pode menosprezar
a sensação prazeirosa
com sabor e cheiro a rosa
deste amor de novo vício...
e de repente...
cheguei ao fim,
e estou no início!

26.08.2011

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