escrever é o meu teatro mudo

escrever é o meu teatro mudo
escrever é o meu teatro mudo | 24.08.2002

quarta-feira, 8 de junho de 2011

No molhe (ou eclosão do amor)

Sentes o cheiro do mar

Quando mergulhas fundo
na doçura húmida da terra
Como se as flores fossem as ondas
que enfeitam os teus cabelos
E esvoaçam com a brisa
fazendo lembrar as curvas
sinuosas dos teus prados cintilantes

A manhã está coberta
pelo azul cinzento do céu
e o teu reflexo no oceano
aparenta a calma tumultuosa
de um amanhecer de inverno.

Somos dois, somos três, somos mil corpos
em chamas
que incendeiam o sol
com o intuito de trazer a ti
a manhã quente de verão
que se espelha no teu sorriso.

És a calma aparente de tudo
o que reside no Universo
O poder criativo que brota
em cada movimento
e que reside guardado
no fundo do teu coração.

29.05.2011

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