escrever é o meu teatro mudo

escrever é o meu teatro mudo
escrever é o meu teatro mudo | 24.08.2002

quarta-feira, 8 de junho de 2011


Reduto












Sinto um último sopro de vida

a lutar por respirar
Mas o saco que me rodeia
Sufoca todo o meu ser

Tenho o sol a brilhar dentro de mim
e no entanto é a chuva
que me atormenta e me devora
como se o tempo não mudasse
e me deixasse a cada dia
mais seca e sem vida

O oceano separa-me do sol e da vida...
Mas dentro de mim
há um outro oceano
onde não há marés nem tempestades
onde o sol brilha sempre
e me deixa aninhada
no meu reduto de fogo e água
de louca paixão e serenidade

E as loucuras são passageiras...
e moem o sentimento...

Mas dentro de mim
o sol brilhará sempre
e terei sempre a lembrança
que tu és a diferença
e é em ti o meu reduto

.2004

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